sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Mudança de hábitos e estilo de vida pode ajudar na prevenção de câncer.



Atitudes simples no dia a dia podem ajudar a evitar vários tipos da doença.
Cerca de 80% dos casos de câncer podem ser evitados com essa mudança.

Do G1, em São Paulo

O câncer é uma doença perigosa, porém evitável. Cerca de 80% dos casos da doença estão relacionados aos hábitos e estilo de vida, como explicaram o oncologista Fernando Maluf e o ginecologista José Bento no Bem Estar desta quinta-feira (8).
Por isso, existem atitudes simples e práticas que podem ser tomadas no dia a dia como maneiras eficientes de prevenção.
Uma delas é de conhecimento geral e extremamente importante para evitar o câncer de pulmão: largar o cigarro. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada sete segundos, morre uma pessoa vítima do fumo. Além do pulmão, quem fuma pode desenvolver também câncer de faringe, laringe, cabeça, pescoço, esôfago, bexiga, rim, estômago e pâncreas.
Dieta anticancer (Foto: Arte/G1)

Até 20% dos paulistanos com falta de ereção usam estimulante, diz estudo.

Homens tomam remédios e produtos naturais sem comprovação científica.
Pacientes jovens, entre 20 e 35 anos, são mais destemidos, aponta médico.

Luna D'Alama Do G1, em São Paulo
Cerca de 5 mil comprimidos de estimulante sexual foram apreendidos em BH (Foto: Reprodução/TV Globo) 
 Homens procuram remédios e produtos naturais
contra impotência (Foto: Reprodução/TV Globo)
Um levantamento feito entre 300 homens com problemas sexuais atendidos na cidade de São Paulo revela que 60 deles, ou 20% do total, já usaram pelo menos uma vez algum tipo de estimulante sem orientação médica.
Segundo o urologista Joaquim Claro, que coordena essa área no Centro de Referência em Saúde do Homem, ligado à Secretaria de Estado da Saúde e responsável pela pesquisa, o local atende muitas pessoas com baixo poder aquisitivo que acabam consumindo todo tipo de produto para melhorar o desempenho sexual.
"A maioria são homens novos, entre 20 e 35 anos, que tomam desde chás e plantas como ginseng e ginkgo biloba até remédios tradicionais, como Viagra e Cialis", enumera. Na opinião do médico, os pacientes jovens são mais "corajosos" e acreditam que, se os produtos não fizerem bem, também não devem fazer mal.

Ta aí para o pessoal que aprecia o estudo de répteis e anfíbios!


Decisão Instantânea para Prevenir Tumores

Câmera ultrarrápida pode ajudar a detectar o câncer antes que ele se espalhe

Larry Greenemeier
Photo Researchers INC

Células cancerosas que escapam de um tumor e produzem metástase levam a 90% de todas as mortes por câncer. Pesquisadores passaram décadas tentando desenvolver testes sanguíneos para detectar essas células.

Mas encontrá- las pode ser como procurar uma agulha específica em um saco de agulhas. Um mililitro de sangue contém cerca de 5 bilhões de hemácias e quase 10 milhões de leucócitos, mas apenas 10 células cancerosas.


Pesquisadores da University of California em Los Angeles desenvolveram uma tecnologia capaz de encontrar essas células antes que elas formem novos tumores, aumentando significativamente a chance de sobrevivência dos pacientes. Eles descrevem o sistema na Proceedings of the National Academy of Sciences  USA.

No coração do sistema da UCLA está uma câmera microscópica ultrarrápida que os pesquisadores apresentaram em 2009 que faz imagens a aproximadamente 6 milhões de quadros por segundo. Essa câmera de microscopia serial amplificada codificada por tempo (STEAM, em inglês) cria cada imagem usando um pulso
laser muito curto – um flash de apenas 1 bilionésimo de segundo.

A velocidade de seu obturador é de 27 picossegundos, cerca de 1 milhão de vezes mais rápido que uma câmera digital atual. (Um picossegundo é 1 trilionésimo de segundo.)

A câmera da UCLA converte cada pulso laser em um feixe de dados a partir do que uma imagem de alta  velocidade pode ser montada. À câmera STEAM, os pesquisadores adicionaram um canal de microfluidos para que as células fluam através dela, além de um processador de imagens de alta velocidade que obtém imagens sem desfoque.

A equipe usou essa tecnologia para identificar células de câncer de mama em amostras de sangue. “Observamos formato, tamanho e textura das células, bem como a estrutura de sua superfície”, explica o principal autor do trabalho, Keisuke Goda. “Células cancerosas tendem a ser maiores que hemácias ou leucócitos. E sabemos que a forma de uma célula cancerosa é mal definida se comparada às outras.” Goda adiciona que um teste sanguíneo relativamente não invasivo encorajaria as pessoas a fazer mais exames que atualmente.
 Fonte: http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/decisao_instantanea.html

Olho Biônico

Fotorreceptores sintéticos vão restaurar a visão aos cegos

Ferris Jr.
Dan Saelinger

Miikka Terho sabe a diferença entre uma maçã e uma banana. Ele pode dizer que uma é redonda, doce e crocante ao ser mordida e que a outra é longa e curva e fica pastosa se amadurecer demais. Mas, se você pedir que ele identifique uma fruta ou outra sem tocá-la, cheirá-la ou experimentá-la, ele não conseguirá. Terho é completamente cego. Por três meses em 2008, no entanto, ele recuperou a capacidade de distinguir uma maçã de uma banana pela visão graças a um pequeno chip eletrônico que os pesquisadores implantaram em seu olho esquerdo.

Embora breve, o sucesso inicial da nova tecnologia mudou permanentemente as perspectivas para Terho e muitos outros como ele.

Terho, que trabalha para uma organização de bolsas para atletismo na Finlândia, tem retinite pigmentosa, uma doença genética que destrói as células sensíveis à luz que recobrem a retina no fundo do olho. Ele enxergava perfeitamente até os 16 anos, quando sua visão noturna começou a falhar. Aos 20 anos, a capacidade de ver durante o dia também se deteriorou. Aos 30 anos, Terho perdeu a visão central dos dois olhos. Aos 40, ele apenas conseguia perceber nuances de luz na visão periférica.

Tudo mudou em novembro de 2008, quando Eberhart Zrenner, da Universidade de Tübingen, na Alemanha, implantou o chip na retina do olho de Terho. O chip substituiu fotorreceptores (conhecidos como hastes e cones) danificados da retina. Numa retina saudável, os fotorreceptores convertem a luz em impulsos elétricos que atingem o cérebro viajando por várias camadas de tecidos especiais – um dos quais é formado pelas chamadas células bipolares. Cada um dos 1.500 quadrados do chip, que são dispostos numa grade que mede3,05 milímetros por 3,05 milímetros, contém um fotodiodo, amplificador e eletrodo. Quando a luz brilha em um dos fotodiodos, ele gera uma pequena corrente elétrica que é reforçada pelo amplificador adjacente e canalizada para o eletrodo, que, por sua vez, estimula a célula bipolar mais próxima, por fim enviando um sinal por meio do nervo óptico para o cérebro. Quanto mais a luz brilha num fotodiodo, mais forte é a corrente elétrica resultante.

O implante na retina de Terho abriu-lhe uma janela para o mundo com tamanho  semelhante ao de um pedaço de papel de20 centímetrosquadrados segurado com seu braço estendido.

Através desta janela, Terho conseguia distinguir formas básicas e contornos de pessoas e objetos, especialmente se o contraste entre a luz e as cores escuras fosse forte. O implante, no entanto, não continha eletrodos suficientes para produzir imagens definidas. Além disso, o chip só permitia que ele percebesse tons de cinza e não cores, porque não podia diferenciar as ondas de luz.

Apesar dessas limitações, o implante mudou sensivelmente a forma como Terho interagia com o mundo dias depois da cirurgia. Pela primeira vez em uma década, ele conseguia ver e reconhecer objetos como talheres e frutas, ler letras grandes, se aproximar de pessoas numa sala e saber quais eram seus entes queridos. Dois outros pacientes que receberam implantes na mesma época foram capazes de localizar objetos brilhantes colocados contra fundos escuros.

Zrenner teve de remover os chips depois de três meses porque o design deixou os pacientes vulneráveis a infecções de pele: uma bateria de bolso externa alimentava de energia os amplificadores no olho por meio de um pequeno cabo inserido sob a pele, que deixava uma ferida aberta.

Além disso, os usuários precisavam ficar perto de um computador que controlava sem fio a frequência dos impulsos elétricos e aspectos da visão como brilho e contraste.

Desde 2008, Zrenner tornou seu implante mais seguro e mais portátil. O modelo mais recente – colocado em dez pessoas até agora – é sem fio. Sob a pele, um minúsculo cabo vai de uma bobina eletromagnética atrás da orelha numa curta distância até o chip no fundo do olho. Outra bobina eletromagnética colocada numa pequena caixa de plástico em cima da pele perto da orelha completa um circuito elétrico, o que fornece energia para o implante. Tocando em botões na bobina externa, os pacientes podem modificar o brilho e o contraste. Para aprimorar ainda mais a tecnologia, Zrenner quer implantar três chips próximos uns dos outros numa única retina para que as pessoas tenham um campo de visão maior.

Embora os fotorreceptores sintéticos possam ser úteis para algumas formas de cegueira provocadas por fotorreceptores danificados (como retinite pigmentosa, coroideremia e alguns tipos de degeneração macular, como atrofia geográfica), eles não podem ajudar pessoas com glaucoma ou outras doenças que degradam o nervo óptico.

Outra equipe teve o mesmo nível de sucesso de Zrenner em estudos clínicos. A Second Sight, com sede na Califórnia, também desenvolveu um implante na retina – Argus II – para tratar retinite pigmentosa, mas com uma abordagem diferente. O Argus II captura imagens do mundo numa pequena câmera instalada em óculos, converte estas imagens em impulsos elétricos e as transmite para um eletrodo colocado na superfície da retina e não dentro dela. Diferentemente do implante de Zrenner, o Argus II não imita a excitação normal da retina pelas ondas de luz. Em vez disso, produz uma colcha de retalhos de pontos brilhantes e escuros que os pacientes precisam aprender a interpretar.

Mesmo restaurar a visão das escalas de cinza é caro. O Argus II é estimado em US$ 100 mil por olho. 
Fonte: http://www.scientificamerican.com/sciammag/

Ancestral Humano Demorou a Viver no Chão

Criança de 3,3 milhões de anos mostra que espécie de Lucy vivia em árvores

Kate Wong
Cortesia de Zeray Alemseged/Projeto de Pesquisa de Dikika
Selam, um espécime de Australopithecus afarensis de 3,3 milhões de anos do sítio de Dikika, na Etiópia. 
A capacidade de caminhar com o corpo ereto foi muito importante na evolução humana.

Cientistas postularam que isso permitiu a nossos ancestrais enxergar acima da grama da savana (o que é melhor para ver predadores e presas), carregar ferramentas, comidas e bebês, viajar longas distâncias com mais eficiência, e exibir seus dotes para parceiros em potencial, além de outras possíveis vantagens.

De fato, o bipedismo é uma das características que definem nossa espécie. Então é compreensível que paleoantropólogos sejam meio obcecados em descobrir a maneira com que nossos predecessores quadrúpedes realizaram a mudança e passaram a caminhar com dois pés. Agora um estudo se soma ao corpo cada vez maior de evidências de que a transição não aconteceu da noite para o dia.

A descoberta de Lucy em 1974, esqueleto de 3,2 milhões de anos de uma espécie ancestral conhecida como Australopithecus afarensis, demonstrou que adaptações para o caminhar ereto surgiram em nossos ancestrais antes do tamanho cerebral se expandir (outro traço humano fundamental).

Especialistas, no entanto, discordam veementemente quanto vida da espécie de Lucy no chão. Alguns pensavam que  A. afarensis havia abandonado completamente as árvores, que sua anatomia exigia um estilo de vida terrestre e que quaisquer características sugestivas da vida em árvores eram apenas vestígios de um ancestral arbóreo. Outros sustentavam que o A. afarensis ainda passava um tempo considerável nas árvores, e que os traços arbóreos eram importantes para a sobrevivência da espécie.

Por fim a ideia de que o A. afarensis era um bípede completo pareceu eclipsar a teoria competidora. Então, em 2006, pesquisadores liderados por Zeresenay Alemseged, agora na Academia de Ciências da California, anunciaram sua descoberta de um esqueleto incrivelmente completo de uma jovem A. afarensis, batizada de Selam, que morreu aos três anos.

Eles desenterraram o espécime em um sítio de escavação da região Afar, na Etiópia, chamado Dikika, poucos quilômetros do local de Hadar, onde Lucy foi encontrada. É importante notar que o esqueleto de 3,3 milhões de anos preservava escápulas completas, que contêm pistas sobre sua locomoção.

Em seu relato inicial descrevendo Selam, Alemseged e seus colegas apontaram que a anatomia das escápulas do espécime se parecia com a de um gorila, sugerindo que os primeiros ancestrais humanos passavam mais tempo escalando árvores do que se supunha anteriormente. A análise mais detalhada de Alemseged e David Green, da Midwestern University, publicada na Science de 26 de outubro, confirma a avaliação preliminar.

Green e Alemseged compararam as escápulas de Selam às de grandes primatas adultos e juvenis, e também a outros fósseis humanos. Eles descobriram que hominoides (o grupo composto de macacos e humanos, vivos e extintos) têm dois tipos de escápula: um em que o soquete fica virado para cima, e outro, em que o soquete fica de lado.

O Homo sapiens moderno e os membros fósseis de nosso gênero têm o segundo tipo de escápula.

Selam, porém, tem o tipo virado para cima. Ela também tem outra característica no ombro parecida com a de macacos: a borda de osso que cruza a escápula, conhecida como espinha escapular, é orientada de maneira oblíqua, e não horizontal, como acontece em humanos modernos. Essa orientação “para cima” do soquete do ombro e a orientação oblíqua da espinha escapular ajuda macacos viventes a escalar árvores.

Enquanto as escápulas de humanos modernos se transformam durante o desenvolvimento, de forma primata para uma forma mais humana, as escápulas de macacos permanecem estáveis – e provavelmente a escápula do Australopithecus também o fazia, de acordo com o novo estudo. Assim, a aparência de primata do ombro de Selam não deveria ser ignorada como um simples traço juvenil. Em vez disso, concluem Green e Alemseged, as descobertas apoiam a hipótese de que o A. afarensis “participava de uma estratégia comportamental que incorporava comportamentos arbóreos por tempo considerável, além da locomoção bípede”.

Em um comentário que acompanha o novo relatório, Susan Larson da Stony Brook University aponta que o famoso esqueleto de Homo erectus (às vezes chamado de H. ergaster) conhecido como Menino de Turkana, mostra que os ombros dos ancestrais humanos passaram por sua transformação há 1,8 milhão de anos. “Essa reconfiguração provavelmente foi parte do surgimento de nosso próprio gênero Homo”, observa ela, “e de uma dependência cada vez maior de ferramentas e cultura para sobreviver”.

XVIII Encontro de Zoologia do Nordeste



O EZN2013 acontecerá de 01 a 05 de março, em Maceió/AL, com o tema "Do Oceano ao Sertão".

Mais informações:

http://ezn2013.blogspot.com